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Há um tema sempre presente nas piadas entre os casais que é o da "mulher dirigindo". Um pensamento preconceituoso de que elas não possuem perícia suficiente para conduzir um veículo mora no universo masculino.
No entanto há lugares que levam esse assunto bem a sério. Na Árabia Saudita elas foram proibidas de dirigir pelo clérigo conservador do país, sob justificativa que corriam o risco de “danificar seus ovários” e, consequentemente, gerar filhos com problemas clínicos. No início de 2011, durante a explosão da Primavera Árabe, houve muitos protestos pelos direitos da mulher, incluindo a permissão para conduzir automóveis.
Segundo o sheik Saleh al Lohaidan “se uma mulher dirige um carro, que não seja em caso de pura necessidade, isso poderia ter impactos fisiológicos negativos. Estudos médicos e fisiológicos mostram como isso afeta automaticamente os ovários e empurra a pélvis para cima ", disse o líder religioso em entrevista ao site Sabq.org. "É por isso que encontramos naquelas mulheres que dirigem regularmente filhos com problemas clínicos em diferentes níveis", completou.
Em entrevista, o sheik advertiu que as mulheres queriam participar de um protesto para colocarem “a razão à frente de seus corações, emoções e paixões”. O sheik, no entanto, não era formado em medicina nem especificou as fontes dos estudos a que ele se referiu.
Não existe uma lei no Árabia que proíba as mulheres de dirigir, mas as licenças de motoristas são concedidas unicamente aos homens. Na última semana, o sheik Abdulatif al Sheik, chefe da “polícia moral”, disse à agência de notícias Reuters não existir qualquer restrição na sharia que proíba as mulheres de dirigir.